Tudo funciona como uma espécie de ritual
Puxa a cadeira, dreher com mel e limão, pega a garrafa na geladeira
Esperamos sete dias pra que aconteça de novo
"Um brinde". Ao que não importa. Talvez à vida ou à galinha destrompada que não bota ovo
Fala-se compulsivamente, exessivamente, aleatoriamente
Não importa o que se fala, desde que se seja pertinente
O álcool atravessa gargantas e mentes destreinadas e infames
Desperta algum sentido escondido. Aquele que transcede o desconhecido.
A vida, a morte, o purgatório. Tudo está na mesa como cartas no baralho de tarôt
Segredos são sorteados. Vontades são vomitadas. Pactos são perpetuados.
Nada mais importa. Já é a décima garrafa e a alegria depende só de um abridor.
"Mais um dreher com mel e limão". E se acabar o mel ou o limão, mada um virgem e sem pudor.
Na vigésima o mundo já tende pra direita ou esquerda. Tudo fica nublado, como o céu.
Estamos no céu voando em tampas de garrafa, e deus é quem nos dá a saideira.
A vida piriga quando se liga o motor, mas não há problema. O mundo é meu e dos amigos.
Ao final tudo se acaba. Num prato, num vaso, num poste. Sexta que vem tem mais. Ainda bem.
EM TÃO POUCO TEMPO ESSE DOSES JA ESTA MARCANDO VIDAS!!!E TALVEZ ENCURTANDO-AS!HEHEHEHEHE
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