Prole Indesejada

PROLE INDESEJADA-MARCELO RICOTA

Final da década de 60 na megalópole paulista.Uma moça recém chegada do interior,trabalhando como doméstica numa casa de família,morando no próprio emprego.Ingenua como toda caipira simpatizou com um rapaz,um Zé ninguém,um homem em extrema pobreza,um miserável sem inteligência,mas com lábia suficiente para ludibriar uma burrinha do interior.A tragédia estava pronta.

Ela chamaremos de sraT e ele de Sr S,eis que iniciou-se um romance que pela situação sócio-economica de ambos se resumia a encontros sexuais e como na época os contaceptivos não eram tão populares e é claro que a sra T engravidou gerando este que vos escreve algo tão indesejável quanto dor de dente. Logo após o horrível acontecimento,srT desfilava com sua prole,e “pasmem leitores” com orgulho e não era raro quando pessoas desconhecidas ´perguntavam quem era a mãe confundindo a srT com uma simples babá.

A BELEZA LIQUIDA

Uma mulher extremamente bela que mais parecia uma deusa,adoeceu muito gravemente,causando preocupação na sua legião de admiradores.Ela fazia algo estranho acometida por uma grave diarréia recolhia todos os seus dejetos em frascos de vidro e guardava-os,assim como sua urina e seu vómito,passaram trinta dias até que os admiradores mais impacientes não resistiram  e foram visita-la,ansiosos chegaram logo.Ela deitada em sua cama ouviu o murmúrio em sua porta,com muita dificuldade levantou-se e foi ver,e para estranheza de todos aquele cadáver humano,mal conseguiu dizer “O que querem?”,em choque murmuraram um “ai meu Deus”.Aquele fiapo humano em nada parecia com aquela beldade,ela percebendo o  embaraço de todos deu meia volta e retornou para o interior da residência foi no armário e buscou todos os frascos cheio das piores partes daquele outrora belo corpo.Os visitantes incrédulos aguardavam até que um mais corajoso disse-lhe!

Onde está sua beleza?

Esta aqui!-jogando todos os frascos nos pés deles,alguns abriram e o fedor incomensurável assolou-os

A beleza do meu corpo esta aqui

Este cadáver que eu habito é apenas o invólucro da alma-disse a bela num tom irado

Vocês me achavam tão bela que eu guardei partes de mim pra vocês esses liquidos fazem parte do meu adamirado corpo.

MORAL DA ESTORIA –NÓS NÃO SOMOS NOSSOS CORPOS!