quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Pátria de Marca Passos... Aja Coração... por Eduardo Junior

Este Blog tem por característica quase que mandatória, sempre abordar temas filosóficos, pessoais, políticos ou e até mesmo é palco de auto-análises e etc, porém, como o próprio título desde Blog sugere, temos que abordar os assuntos relevantes do momento, e não há como negar que o momento grita em nossas mentes o tema “convocação da seleção” realizada pelo “experiente” técnico, o Sr Dunga.

PS: Bons tempos aqueles em que Dunga era apenas um anão.

É fato que a nação brasileira, e como dizem, a “voz do povo é a voz de Deus” ( e de Futebol o povo entende melhor do que de política, diga-se de passagem ) clamava por alguns nomes, dos quais, não irei abordar o mérito, o merecimento ou a capacidade individual de cada um, porém, o que gostaria de abordar neste texto é o fato de que, ora bolas, somos a maior potência do MUNDO em termos de matéria prima, material humano, jogadores, certo? Somos os mais habilidosos, o maior exportador de jogadores, certo? Então porque diabos fugir desta característica? Logicamente que isto não é algo que se apresentou hoje, é algo que já vem sendo desenvolvido ao longe de 3 anos e meio de trabalho do “experiente” Dunga, mas, o pico dessa negação a nossa identidade é agora, com esta convocação final.

Sou da opinião de que Futebol é momento e de que o futebol brasileiro é notadamente imortalizado pelo seu talento, nomes como Garrincha, Pelé, Romário, Serginho Chulapa,. Sócrates, Zico, Falcão e tantos outros foram imortalizados e marcaram seus nomes vestindo a camisa Brasileira, conquistando o Mundial pela Seleção ou não, alguns dos nomes citados não conseguiram esta conquista ( por ironia do Destino ), porém, ficaram eternizados no coração dos Brasileiros e são ídolos incontestáveis até hoje. O ponto é, até quando vamos ver na Seleção Brasileira um grupo formado por atletas bancados e mantidos por seus patrocinadores? Até quando veremos uma nação inteira, uma unanimidade solicitar, clamar por um estilo de futebol que nos caracteriza, o tal futebol arte, que temos todas as condições de apresentar, ser substituído por um estilo pragmático, retranqueiro e burocrático?

Isto foge as raízes, foge aos princípios e as características do futebol brasileiro. Ganhar a copa, ou não ganhar a copa, a meu ver, isto é o de menos, sinceramente falando.

Eu, particularmente, prefiro MIL VEZES perder uma competição eternizando lances, eternizando grupos, sendo merecedor de fato, e não levar o título, do que levá-lo sem merecimento, fugindo a uma identidade que custamos e soamos sangue para adquirir, isto acontece a torto e a direita no futebol, que em alguns casos imita a vida se formos parar para pensar.

Hoje em dia, priorizam-se os resultados a todo custo, com covardia, sem ousadia, apenas tendo o resultado, sendo campeão, está valendo, seja de forma feia, roubada ou algo do gênero, o que importa é “vencer a guerra” como foi dito na última coletiva do “experiente” Dunga.

Eu discordo totalmente desta filosofia, e sim, eu acredito que temos que visar um resultado, óbvio, mas temos que merecê-lo, temos que fazer jus a ele, sermos dignos dele, sem fugir as nossas raízes, sem negar nossas características, sem perder a nossa identidade.

Vou para esta copa, procurando outra seleção que preencha esta lacuna, dois nomes palpitam em minha mente neste momento, Espanha e Argentina, sou fã do futebol arte, do futebol jogado, tocado, bonito, e não do futebol pragmático, burocrático, que objetiva somente o resultado e jogue com o regulamento embaixo do braço.

Sou apaixonado pelo Futebol Brasileiro, e não pela Seleção Brasileira, e sendo assim, buscarei torcer por alguma outra seleção que incorpore estas características do que penso e que seja reflexo do que é o Futebol Brasileiro, que infelizmente, diante desta convocação que foi realizada e que já vem sendo a 3 anos e meio, não é definitivamente o que procuro no futebol.

Coerência? Burrice?
Comprometimento?Covardia?

É, definitivamente tudo isto se mostra muito bem relacionado diante do quadro que temos hoje...

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